O PRIMEIRO NATAL
O QUE PODEMOS APRENDER COM O
NASCIMENTO DE JESUS
Em tempos natalinos aproveito para apresentar aos amigos de “Teologia e Espiritualidade” uma obra que versa sobre o que talvez sejam as histórias mais conhecidas do mundo: as histórias do nascimento de Jesus. E para apresentar alguns desenvolvimentos sobre o tema...
John
Dominic Crossan e Marcus
J. Borg são especialistas na história do cristianismo.
John
Dominic Crossan é professor emérito do Departamento de
Estudos Religiosos da DePaul University em Chicago, e especialista em
arqueologia bíblica e autor de clássicos como “Em busca de Jesus”, “O Jesus
histórico” e “Quem matou Jesus”.
Marcus
J.Borg é professor titular de religião e cultura da Oregon
State University e autor em parceria com John Dominic Crossan de “A última semana”.
Editora Nova Fronteira - 2.008
O Natal
é celebrado por dois bilhões de cristãos do globo, o que nos dá idéia da importância
desta festa religiosa. Diante disso a
forma como lemos e como interpretamos as histórias do nascimento de Jesus é
relevante.
Essas
histórias são mais ricas e mais desafiadoras do que se costuma imaginar, dizem
os autores da obra. Eles declaram que não vão se preocupar com o aspecto
factual das histórias da natividade embora o comentem também. Eles preferiram
se concentrar em seus significados.
O que
significaram no contexto do I século d. C
e o que significam as histórias do nascimento de Jesus para os cristão
de hoje?
Para
isso eles desdobram a tarefa para responder a estas questões em duas, ambas
importantes para a história e para a teologia:
1ª
Tarefa - Expor as narrativas e seus significados no contexto
do século I d.C;
2ª
Tarefa - Discorrer sobre seus significados para a compreensão
e o compromisso dos cristãos de hoje.
O contexto do século I não é
simplesmente histórico, mas também teológico. Diz respeito ao conflito entre
uma teologia imperial e uma teologia fundamentada no Deus de Israel e em Jesus.
As histórias do primeiro Natal são, em
geral, anti-imperiais. Há um significado e um desafio político nessas
histórias, tanto em seu contexto antigo quanto no contexto atual.
A
obra “O
PRIMEIRO NATAL” pretende destacar o significado político das histórias do
primeiro Natal, que frequentemente passa despercebido.
Essas histórias afetam nossa vida como
indivíduos, uma vez que elas falam de um tipo diferente de mundo.
Um mundo onde o que Deus deseja não é a simples paz de espírito obtida por cada
indivíduo isoladamente. O que se deseja
é a paz na Terra, que só será obtida com a implantação da justiça em todos os
níveis da vida humana.
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Vamos a seguir comentar
alguns pontos levantados pela obra em seus dois primeiros capítulos, inserindo alguns aspectos já trabalhados por
John Dominic Crossan em outra de suas obras: “Jesus- uma biografia revolucionária”.
OS EVANGELHOS SEGUNDO MATEUS E LUCAS
Há
nas duas histórias algumas coisas em comum que estão inseridas em duas
narrativas muito diferentes. O que as pessoas comumente fazem é harmonizar
essas duas narrativas diferentes, combinando-as numa única história. Ou então se
dá preferência a uma das versões, ignorando as contradições da outra.
Mateus
e Lucas após o relato do nascimento de Jesus ou de seus primeiros anos passam
imediatamente para sua vida adulta, ponto em que Marcos e João começam suas
narrativas. É a presença de um relato de infância que exige explicação.
A questão chave é:
“Por que Mateus e Lucas
nos contam alguma coisa sobre o nascimento de Jesus? O que esses relatos de
infância deveriam ser?”
O leitor atento, crítico, cuidadoso
desses evangelhos, ao fazer uma leitura comparativa de ambos vai logo perceber
que os “fatos” narrados e os personagens envolvidos em cada evangelho são
irreconciliáveis entre si, isto é, é impossível integrar ambas as narrativas em
uma única versão que seja coerente e consecutiva.
Somente
Lucas, por exemplo, tem os pastores e os anjos, o estábulo e a manjedoura, a
primeira apresentação e o posterior encontro no Templo. Somente em Mateus tem
Herodes e os Reis Magos, o massacre dos inocentes e a fuga para o Egito.
No
relato de Lucas, Maria e José moravam em Nazaré, na Galiléia, onde Maria
engravida. Em estado avançado de gravidez, eles viajam para Belém, na Judéia,
por causa de um censo, onde Maria dá à luz, e Jesus nasce em um estábulo.
No
relato de Mateus, Maria e José não moravam em Nazaré, mas em Belém, onde Jesus
nasceu, e em casa. José e Maria são obrigados a fugir para o Egito para salvar
seu filho da perseguição de Herodes. Nazaré só se transforma em seu lar após o
retorno do Egito, depois da morte de Herodes.
Esses
dois padrões de vida e de viagem são muito distintos e não se prestam a uma
combinação.
Há
entre ambas as narrativas também alguns pontos em comum: os nomes dos pais de
Jesus, seu nascimento em Belém ao final do reinado de Herodes, o Grande e sua
concepção pelo Espírito Santo.
Certamente
a esse leitor ocorrerá a indagação:
“Por que os evangelhos
de Mateus e Lucas ao narrar um mesmo fato histórico – o nascimento de Jesus de
Nazaré - o fazem de maneiras tão discordantes?”
Para
poder entender a razão das diferenças é preciso ter em mente que esses evangelhos têm visões separadas e
distintas da vida adulta de Jesus. Assim também eles devem ter visões separadas
e distintas de sua infância como abertura.
Apesar
disso tanto Mateus como Lucas usam uma estratégia comum: ambos estão igualmente interessados em relacionar o nascimento de Jesus
com as antigas tradições dos textos sagrados de seu povo.
O
que deve ficar muito claro é que há a necessidade de lermos e ouvirmos essas
narrativas, procurando reconhecer suas diferenças e lê-las como histórias
separadas.
“LEIAM
OS TEXTOS – E PRESTEM ATENÇÃO”, é o conselho dos autores
que indicam ainda que FAZÊ-LO DEVE SER A BASE DE QUALQUER LEITURA SÉRIA DA
BÍBLIA.
O NASCIMENTO DE JESUS EM LUCAS
Os capítulos iniciais de Lucas relatam
dois nascimentos – o de João Batista e o de Jesus.
Na concepção de João Batista se olha para o passado integrando o seu nascimento
ao modelo do Antigo Testamento em que o filho predestinado nasce de um casal
infértil e/ou idoso, de que sua própria concepção anuncia essa predestinação
para a grandeza. Olha-se para o futuro, afirmando-se a primazia do nascimento
de Jesus sobre o de João Batista. Se
exalta Jesus, nascido de uma mulher virgem, transcendentalmente acima de João,
nascido de pais estéreis e velhos.
Lucas,
nessa dupla história de infância envia duas vigorosas mensagens ao ouvinte ou
leitor: João é a condensação e a consumação do passado de seu povo, mas Jesus é
maior, muito maior que João.
Em Lucas as mulheres desempenham
papéis mais destacados. A primeira mulher é Isabel, em quem
se realiza o duplo milagre da gravidez de João Batista: ela era estéril e
velha. O papel de Maria é muito maior do que em Mateus, em cujo texto ela é uma
figura completamente passiva, que não fala e nem recebe qualquer revelação. Em
grande parte da natividade segundo Lucas, Maria
é o personagem central. José é quase invisível em Lucas, em nítido
contraste com o que ocorre em Mateus.
A narrativa de Lucas inclui a parte
mais conhecida da história do Natal: a realização do censo
que fez com que José e Maria se
deslocassem de Nazaré para Belém, onde Jesus
nasceu num estábulo e foi deitado numa manjedoura, onde com testemunho de
pastores surge um anjo que declara:
“Nasceu-vos neste dia, na cidade de Davi, um Salvador que é o Messias, o
Senhor.
O NASCIMENTO DE JESUS EM MATEUS
A narrativa de Mateus concentra-se em José
e seu dilema em aceitar ou não Maria grávida e em Herodes e sua tentativa
infrutífera de destruir Jesus.
Mateus
também está interessado em relacionar o nascimento de Jesus com tradições dos
textos sagrados de seu povo, mas em lugar de imaginar casais inférteis e
concepções miraculosas, ele se centra
exclusivamente na infância de Moisés.
A
história de fundo supõe a narrativa básica do Êxodo, quando o faraó, governante
do Egito, tentou exterminar todos os israelitas residentes em sua terra
ordenando que se jogasse no rio Nilo todo menino que nascesse. Moisés nasceu
nessa época, se salva e no fim liberta seu povo da escravidão do Egito e o
conduz a terra Prometida.
Mateus
faz algumas inversões.
Os magos pagãos
lêem as estrelas e vêm de longe prestar homenagens a Jesus, enquanto que
Herodes lê as Escrituras Judaicas e procura matá-lo. Para Mateus, Jesus é
rejeitado pela autoridade de Herodes e é aceito pela sabedoria pagã.
José é o personagem principal.
Maria não fala nem recebe qualquer revelação, e não o faz ao longo de toda
história narrada por Mateus. O nascimento de Jesus é mencionado apenas numa
frase passageira. Não há relato do nascimento em si, nem estábulo, manjedoura
ou anjos cantando para os pastores na noite do nascimento de Jesus. Tudo isso
vem de Lucas.
Não há referência à juventude de Jesus,
a não ser dele ter crescido em Nazaré.
SURGIMENTO DAS HISTÓRIAS DO NASCIMENTO DE JESUS
Como
já vimos, as estórias do nascimento de Jesus só aparecem nos evangelhos de
Mateus e Lucas. Esses evangelhos só foram escritos nas duas últimas décadas do
século I, nos anos 80 ou 90 d.C. Eles não são os textos mais antigos do Novo
Testamento.
Os textos mais antigos do
Novo Testamento são as Epístolas de Paulo, escritas na década de 50 d.C., e o
Evangelho de Marcos, escrito mais ou menos no ano 70.
Em Marcos e Paulo, não há
menção de um nascimento extraordinário de Jesus. Marcos
começa seu evangelho com Jesus já adulto; o nascimento nem sequer é citado.
Quanto a Paulo, embora se refira duas vezes ao nascimento de Jesus, ele não
menciona que este tenha sido algo excepcional. Não há indício de que se houvesse tratado de um nascimento incomum.
O
evangelho de João, posterior a todos os outros escritos, por volta do ano 100
d.C., também não conta uma história do nascimento de Jesus.
O
que se depreende dessas constatações é que as
histórias do nascimento de Jesus não tinham grande importância para a cristandade
dos primeiros tempos.
A razão pela qual não
aparecem referências a um nascimento especial nos primeiros escritos cristãos -
cartas de Paulo e evangelho de Marcos - se deve ao fato de que as histórias
ainda não existiam, ou ainda estavam em processo de formação.
Conclusão: as histórias do nascimento de Jesus são
relativamente tardias e não fazem parte da tradição mais primitiva sobre Jesus.
Sabemos
que os evangelhos de Mateus e Lucas tiveram como fonte o evangelho de Marcos,
que não faz menção nenhuma ao nascimento de Jesus.
As
perguntas que surgem são:
Por que Mateus e Lucas inventaram cada um uma história diferente sobre o nascimento de Jesus?
Que tipo de
histórias são essas? Quais são os seus objetivos?
O que seus
autores pretendiam que elas fossem?
Para
muitas pessoas, cristãs e não cristãs, ou essas histórias relatam fatos que
aconteceram ou não passam de fábulas. Não precisam ser levadas a sério. Para os
autores de “O primeiro Natal” há uma outra opção: As histórias da natividade devem ser vistas como parábolas e aberturas.
A
parábola é uma narrativa, uma história. Nelas as pessoas fazem coisas: algo
acontece. Mas ninguém se preocupa em saber se os eventos das narrativas
parabólicas são fatuais, isto é, se de fato aconteceram.
Como forma de linguagem, a
parábola tem a ver com o sentido, não com a factualidade. O importante não é se
os fatos narrados aconteceram de verdade ou não. O que importa é o significado
que a narrativa traz.
As
parábolas são uma forma de linguagem metafórica. A verdade da parábola está no
seu significado.
Jesus
contou inúmeras parábolas, histórias cheias de significados e plenas de
verdade. Ninguém se preocupa se as parábolas de Jesus são factuais. Todos
concordam que Jesus as criou.
As parábolas de Jesus são
importantes e verdadeiras, muito embora não sejam factuais, muito embora sejam histórias inventadas.
Ao
ver as histórias do nascimento de Jesus como parábolas significa dizer que o
significado e a verdade que possuem não dependem de sua factualidade. Não depende
de as coisas terem acontecido do jeito que foram contadas.
Os
autores vão situar essas antigas parábolas sobre o nascimento de Jesus em seu contexto do século I
d.C.para que elas tornem-se vivamente significativas - vão situar o texto antigo no contexto antigo.
O que
significavam essas histórias para as comunidades cristãs que as contavam, quase
no fim do século I d. C.?
Os
autores optam por ver as histórias da natividade como narrativas em parábolas
(narrativas parabólicas) para que seja evitada a discussão ou os conflitos
entre aqueles que as acham factuais ou históricas (crentes) e os que as acham
mitos / parábolas (estudiosos).
Os
autores acham que essa discussão além de ser infrutífera desloca a atenção da
pergunta realmente importante:
O que
significam essas histórias? Independentemente de haverem acontecido ou não, o
que elas significavam e significam?
AS PARÁBOLAS
COMO HISTÓRIAS SUBVERSIVAS
As
parábolas que Jesus contava subvertiam as formas convencionais de perceber Deus
e a vida. Elas convidavam a enxergar de outra maneira e por isso eram
subversivas.
As
histórias do nascimento de Jesus são subversivas. Elas subverteram o “mundo” em
que Jesus e os primeiros cristãos viviam.Como histórias contadas por seus
seguidores no fim do século I d.C., elas fizeram parte do depoimento deles, de
seu testemunho da importância que Jesus passara a ter para eles.Eles haviam
recebido de Jesus uma visão diferente da
vida através de seus ensinamentos, sua atividade pública, sua vida, sua morte.
Assim
como Jesus contava histórias subversivas sobre Deus, seus seguidores contavam
histórias subversivas sobre Jesus.
Seguem
alguns temas subversivos das histórias sobre o nascimento de Jesus:
1. Quem era o “rei
dos judeus”?
Esse era o título de Herodes, o Grande, mas
a história de Mateus nos diz que ele se
parecia mais com o faraó, o senhor do Egito, o senhor da escravidão,da
opressão, da violência e da brutalidade. E seu filho Arquelau não era menos que
isso.
Jesus, ao contrário, era o verdadeiro rei
dos judeus. E os governantes deste mundo procuraram destruí-lo.
2. Quem era o
Filho de Deus, Senhor e Salvador do mundo, aquele que trazia paz na Terra?
Na
teologia imperial romana, César,o imperador, era tudo isso. Não, diz a história de Lucas: essa posição e esse
título pertenciam a Jesus. Ele e não o imperador, era a encarnação da vontade de
Deus para aTerra.
3. Quem era a luz
do mundo?
Seria o Imperador, filho de Apolo, deus da luz, da
razão e a ordem imperial? Ou será que Jesus, executado pelo império, era a luz
nas trevas, a verdadeira luz pela qual os sábios deste mundo sentiam-se
atraídos?
4. Onde
encontramos a realização do sonho de Deus para Israel e para a humanidade?
Na maneira como as coisas são hoje? Somente
depois da morte? Ou num mundo diferente, do lado de cá da morte?
As
histórias da natividade subverteram a consciência dominante do mundo no I
século d.C, assim como subvertem a do nosso.
Os autores apontam que Mateus 1-2 e
Lucas 1-2 contém um mínimo de informações históricas –
apenas três informações históricas: Jesus foi uma figura histórica, cujos pais
eram Maria e José e cujo lar era Nazaré, na Galiléia. Não quiseram fazer uma
lista do que não aconteceu.
Reconhecem
que o pouco de histórico que há nessas
narrativas apontam para um significado parabólico. Não é suficiente dizer
que tal fato não aconteceu. O importante é se perguntar: se não aconteceu,
porque Mateus e Lucas o criaram? O que
importa é a questão do sentido.
A INTENÇÃO DA
HISTÓRIA DA NATIVIDADE COMO ABERTURA PARABÓLICA EM MATEUS –
A intenção de Mateus em sua história de natividade como abertura de seu
evangelho
é o paralelo entre Jesus e Moisés,
um interpretação de Jesus como o novo Moisés – ou seja, o Moisés renovado. Jesus era o novo Moisés, e Herodes
o novo faraó.
Jesus é o novo Moisés de Mateus,
aquele que entrega uma nova lei num novo Monte Sinai. Jesus dá uma nova lei no Sermão da Montanha (Nova Lei do Novo
Monte). Há uma introdução repetida em cada um dos preceitos morais dados por
Jesus: “Ouvistes o que foi dito aos antigos...Pois eu vos digo...”
Em todos os preceitos morais a Lei é cumprida tornando-se
mais severa e não mais branda, ela é radicalizada e não liberalizada. O refrão
repetido “eu vos digo”, em contraste com o “foi dito” do começo desse sermão
inaugural de Jesus, é a mais clara indicação de que para Mateus, Jesus era o
novo Moisés.
Resumindo: Os capítulos 1-2 de Mateus funcionam como uma abertura para o
restante do Evangelho - capítulos 3-28 – é uma miniatura do Evangelho. O tema
das duas partes é que Jesus é o novo Moisés.
A INTENÇÃO DA HISTÓRIA DA NATIVIDADE COMO ABERTURA PARABÓLICA EM LUCAS-
Lucas traz três temas importantes em
sua abertura: a ênfase nas mulheres, nos marginalizados e no Espírito Santo.
A
ênfase nas mulheres aparece em sua
abertura onde o foco principal incide sobre Maria diferentemente de Mateus, onde o foco
incide principalmente em José.
Há
um equilíbrio entre mulheres e homens e no evangelho de Lucas se constata que
ao mencionar as mulheres ele as equipara aos homens mais do que qualquer outro
evangelho. Em diversas passagens aparece um protagonismo feminino. Apenas para
citar uma, Lucas é o único que nomeia todas as mulheres que acompanhavam Jesus.
A
ênfase nos marginalizados se mostra com o anúncio do nascimento de Jesus pelos
anjos aos pastores. Como classe, os pastores situavam-se ainda mais baixo que
os camponeses na ordem social.
Há
na abertura uma preparação para um tema muito enfatizado no evangelho de Lucas
– ele insiste mais que os outros evangelhos, nas obrigações dos ricos para com
os pobres, os excluídos e os marginalizados.
A
terceira ênfase é sobre o Espírito Santo, que aparece na abertura de seu
evangelho, mas também na sua continuidade, que são os Atos dos Apóstolos. Na abertura ele menciona a vinda do Espírito
Santo a várias pessoas: a Maria, a Isabel, a Zacarias, a Simeão. A ação do
Espírito vai aparecer também no início da vida pública de Jesus.
Os
autores propõem que:
AS HISTÓRIAS DO NATAL SÃO
ABERTURAS PARABÓLICAS BASEADAS NA TRADIÇÃO BÍBLICA, E NÃO EM FATOS HISTÓRICOS.
Na próxima postagem continuaremos abordando o tema, enfocando mais alguns capítulos da obra “O
PRIMEIRO NATAL”, que tratarão do contexto das histórias da natividade de Jesus,
as diferentes genealogias para o mesmo Jesus e as divergências sobre o local da
sua concepção e nascimento.
Aproveitamos a
oportunidade para desejar a todos os nossos Leitores um renascimento interior
que permita a todos abraçar a grande paixão de Jesus – o projeto de instalação
no mundo do Reino de Deus – onde reinem a justiça, a paz e a fraternidade entre
todos os seres humanos!
Em 2013, arregacemos
as nossas mangas para nos engajarmos no trabalho de concretização desse projeto
que começa em nós mesmos, pela nossa transformação pessoal, e que deve se
espraiar para os todos os nossos relacionamentos humanos!